Patologias

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Nódulos de tireóideo

Bócio significa aumento de volume da glândula tireoide não inflamatório e não neoplásico. A alteração inflamatória da glândula é conhecida como tireoidite, nas suas mais variadas formas, e o diagnóstico de neoplasia tanto benigna como maligna é estabelecida após um estudo mais detalhado incluindo análise citológica e histopatológica. Portanto o termo bócio, em uma fase inicial de avaliação das alterações glandulares, é utilizado de uma forma genérica. O bócio, em um sentido amplo, pode ser classificado de acordo com a morfologia em nodular e difuso; de acordo com o estado funcionante em hiper, hipo ou eufuncionante, estabelecendo estados de hiper, hipo ou eutireoidismo; e de acordo com a etiologia, em algumas subformas como juvenil, disormonogenético, endêmico, esporádico e outros.

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Câncer de Tireóide

A prevalência de nódulo de tireóide na população geral é em torno de 4 a 7%, sendo que 1/3 a 2/3 da população adulta possui nódulo de tireóide diagnosticado ultrassonograficamente. A possibilidade de doença neoplásica é a principal preocupação de pacientes que apresentam nódulos tireoidianos, sendo que a parcela de pacientes com tal ocorrência pode chegar a 10% da população adulta. De fato, apenas cerca de 5% do total de nódulos tireóidianos são malignos, representando cerca de 1,5% de todos os carcinomas.

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Nódulos e massas cervicais

Entende-se por nódulo, como sendo uma lesão circunscrita e delimitada com até 3 cm de diâmetro. Lesões com mais de 3 cm de diâmetro, habitualmente denominamos de massas. As massas, em função do tamanho maior, podem corresponder a lesões pouco definidas, mal delimitadas, podendo corresponder até, a um agrupamento de nódulos, que neste capítulo, versarão sobre os nódulos e massas encontrados na região do pescoço. Os nódulos e massas cervicais, podem ser a primeira manifestação de inúmeras doenças locais (primárias de estruturas cervicais), regionais (primárias de estruturas viscerais cervicais ou não, com acometimento secundário de estruturas do pescoço), ou sistêmicas (doenças sistêmicas que incluem manifestações no pescoço). Para tanto, é importante termos uma visão anatômica das estruturas onde desenvolveram-se os nódulos, termos em mente as possibilidades diagnósticas em função da faixa etária do paciente, e identificarmos na história clínica e exame físico sinais e sintomas que sugiram distúrbios locais, regionais ou sistêmicos.

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Tumores Malignos da Boca

O câncer de cavidade oral é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo. A última estimativa mundial apontou que ocorreriam cerca de 300 mil casos novos e 145 mil óbitos, para o ano de 2012, por câncer de boca e lábio (C00-08). Desses, cerca de 80% ocorreram em países em desenvolvimento. As mais altas taxas de incidência foram observadas em populações da Melanésia, do Centro-Sul Asiático, da Europa Oriental, Central e Ocidental, da África e da América Central. Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são: tabagismo, etilismo, infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Contudo, entre tais fatores, destacam-se o tabagismo e o etilismo. Estudos mostram um risco muito maior de desenvolver câncer na cavidade oral em indivíduos tabagistas e etilistas do que na população em geral, evidenciando a existência de uma sinergia entre o tabagismo e o etilismo. Ressaltam ainda um aumento no risco de acordo com o tempo que a pessoa fuma, com o número de cigarros fumados por dia e com a frequência de ingestão de bebidas alcoólicas. A dieta também parece exercer um papel importante na prevenção desse tipo de câncer. Alguns estudos de base hospitalar reportam que o aumento da ingestão de frutas e vegetais contribui para a diminuição do risco de desenvolver essa neoplasia.

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Tumor Maligno da Laringe

O carcinoma de laringe é o sexto tumor maligno mais frequente do homem (2,3% no homem e 0,4% na mulher), com uma incidência de 5,6 casos por 100.000 habitantes/ano nos E.U.A, e 50 casos por 100.000 habitantes/ano na Índia. A doença é 5 vezes mais frequente em homens com uma relação masculino: feminino de 10:1, que nos últimos 10 anos vem reduzindo em função do aumento do hábito do tabagismo entre mulheres. Acomete pessoas entre a 5a e 6a décadas da vida.